Persas

O Império Persa foi um dos mais importantes do Período Antigo, sendo um dos maiores da História Antiga. A partir de uma administração bastante eficiente, devido a fatores como respeito às diferenças culturais e religiosas dos povos conquistados, esse Império adquiriu bastante riqueza e possuiu um exército muito poderoso. Por conta disso, o povo Persa merece atenção e deve ser estudado.
            Em meados de 2000 a.C., a porção de terra onde hoje é encontrado o Irã, era habitada pelos medos, que por alguns séculos dominaram os persas, porém, aproximadamente em 550 a.C., um príncipe Persa bastante conhecido, Ciro, o Grande, conseguiu junto a seu povo, conquistar o Reino da Média, unificando-o com o da Pérsia. Após a unificação, Ciro tentou ampliar as fronteiras de seu Reino, conquistando assim a Lídia e as cidades gregas da Ásia Menor. Pouco tempo depois, conquistou a cidade da Babilônia, e anexou a Fenícia, a Síria e a Palestina. Cerca de vinte anos após a conquista de Ciro sobre os medos, seu filho, Cambises, herdou um rico e vasto Império. O herdeiro de Ciro deu continuidade ao expansionismo persa, conquistando o Egito na Batalha de Pelusa. Após a morte de Cambises, o Império Persa ficou nas mãos de Dario I, conselheiro de Ciro, que recebeu apoio da cúpula política do reino. Foi Dario o responsável pelo apogeu do Império.

Para governar domínios tão extensos, Dario instituiu uma eficiente forma de organizar seu reino, dividindo o império em Satrapias, que eram províncias dirigidas por governadores conhecidos como sátrapas. Estes sátapras tinham como dever pagar ao Estado impostos, que eram proporcionais as riquezas obtidas da província. Para fiscalizar os governantes das províncias, Dario criou um serviço de informação formado por funcionários de sua confiança, conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”. O sistema monetário do Império foi unificado com uma moeda chamada “dárico”, primeira unidade monetária internacional. Para que o contato entre províncias fosse efetivado, Dario organizou um sistema de correios, pavimentando estradas, ligando diversas cidades. Com seu poderoso exército, Dario e futuramente, seu filho Xerxes, tentaram subjugar as colônias gregas na Ásia Menor, sendo tais conflitos conhecidos como Guerras Greco-Pérsicas. Tais guerras marcaram o enfraquecimento do Império Persa, o que levou a sua submissão com a derrota de Dario III por Alexandre, o Grande.

Por ter dominado vários povos com culturas variadas, os persas acabaram sofrendo grande influencia por parte de tais culturas. Seus palácios, monumentos e obras de arte possuíam marcas de povos como os egípcios, babilônicos e assírios. Porém, no caso da religião, o povo persa mostrou originalidade, sendo eles os responsáveis pela criação do Zoroastrismo, religião criada devido à influência reformadora do profeta Zoroastro. O Zoroastrismo contradizia grande parte das religiões da época, pois sua doutrina negava magia, politeísmo e sacrifícios de sangue. Ao invés disso, o Zoroastrismo se baseava numa idéia de bem e mal, aonde os adeptos da religião deviam escolher qual caminho iriam seguir. Zoroastro e seus seguidores ensinavam a crença no deus bom, ou deus da luz (Ahura-Mazda), e seus seguidores deviam sempre praticar o bem e falar a verdade, sendo sua recompensa a vida eterna no paraíso. Já os seguidores do deus mal, (Arimã) recebiam vida eterna no inferno. Mas por fim eles acreditavam que o bem venceria o mal. Hoje, os seguidores de tal religião se encontram em uma pequena parte da Índia, onde são conhecidos como parsis. No Irã, onde tal crença nasceu, restam poucos seguidores do profeta Zoroastro.

Clarissa Oliveira, Danilo Luna e Pedro Alves                                                                     

           

Questões de vestibular

1.  Os Persas ocupavam uma área que hoje corresponde ao:

a)      Irã

b)      Líbano

c)      Egito

d)      Israel

e)      n.d.a.

2. (Ufrs 97) O soberano dividiu o seu império em províncias, chamadas satrapias, sendo a terra
considerada como propriedade real e trabalhada pelas comunidades.
Estas características identificam o:

a) império dos persas durante o reinado de Dario.
b) império babilônico durante o governo de Hamurabi.
c) antigo império egípcio durante a dinastia de Quéops.
d) reino de Israel sob o comando de Davi.
e) estado espartano durante a vigência das leis de Dracon.

03.  Sobre o Império Persa, é correto afirmar:

I. A religião persa era o Zoroastrismo, que pregava a existência do bem e do mal, saindo vencedor o bem, no dia do juízo final.
II. Sua expansão territorial deveu-se à existência de boas estradas e de um forte exército.
III. Os povos vencidos pelos persas eram obrigados a pagar tributos, pois os persas não interferiam na cultura dos subjugados.

A(s) afirmação(ões) verdadeira(s) é(são):
a) apenas I e II
b) apenas II
c) apenas III
d) apenas I e III
e) I, II e III.

4. Com relação ao Império Persa, é INCORRETO afirmar:
a) Os persas desenvolveram uma administração relativamente descentralizada, com base nas satrápias:
b) As estradas e os correios foram bastante aperfeiçoados durante esse Império.
c) A religião persa era o zoroastrismo, que pregava a existência de uma luta entre o mal e o bem, na qual o bem só seria vencedor no dia do juízo final.
d) Os persas perseguiram ferozmente as religiões de outros povos, matando sacerdotes e destruindo templos, como foi o caso do templo de Salomão em Jerusalém.
e) Os povos dominados pelos persas eram obrigados a pagar tributos.

5. (UFRN) Na Antiga Pérsia, ao instituir o "dárico", o soberano Dario:
a) tornou estáveis as relações comerciais.
b) dificultou o comércio.
c) estimulou a procura do ouro.
d) descentralizou o poder.
e) desencadeou as guerras greco-pérsicas.

6. (Fatec-SP) Dario I, célebre imperador da Pérsia, tem seu nome ligado à:
a) conquista do Reino da Média e à fundação do Império Persa.
b) elaboração da religião dualista persa, cujos fundamentos se encontram no livro sagrado Zend Avesta.
c) conquista do Antigo Egito, em 525 a.C., na famosa batalha de Pelusa.
d) derrota dos persas frente às cidades-Estado gregas na terceira das Guerras Médicas.
e) organização político-administrativa do Império Persa, com a criação das satrápias, das estradas reais e do dárico.

GABARITO:

1 – A

2 – A

3 – E

4 – D

5 – A

6 – E

  

Fenícios

  Quando se fala dos fenícios, a primeira coisa que nos vem à mente é que eram bons navegadores e comerciantes. Eles viviam na região litorânea, onde hoje se localiza a Síria e o Líbano. Ao redor havia florestas de cedro (tipo de madeira bem macia), que eram ótimas fontes de matéria-prima para construir seus barcos. Além disso, quando se diz que eles foram bons navegadores, não se está brincando, só para se ter uma noção, eles foram os primeiros a enviar uma expedição que conseguiu contornar toda a África! Há que diga, inclusive, que eles alcançaram o território brasileiro. Como eles não se perdiam? Simples: eles se guiavam pelas estrelas.

  Os fenícios se destacaram também no comércio.  Eles foram os responsáveis pela invenção da púrpura, um corante para os tecidos. Tal corante fez grandes sucessos, o que acarretou em grandes lucros. Na cultura fenícia, de modo geral, existiu uma forte influência egípcia e mesopotâmica. A arte fenícia não tem muitos destaques, na arquitetura podemos destacar os palácios de Susã e de Persépolis. Merecem destaque: tecidos, armas, jóias, objetos de bronze, couro curtido e estatuetas de barro esmaltado

  Sua civilização era dividida em cidades-estado, onde cada uma desta era independente, não existindo um governo central para administrar todas elas. Quanto à religião, os fenícios eram politeístas (acreditavam em mais de um deus), e um fato curioso sobre esse povo é que eles realizavam rituais de sacrifício humano como uma forma de mostrar sua fé e sua devoção ao Deus do ritual.

  Os fenícios ganham destaque também pelo seu alfabeto, mesmo sem terem incluído as vogais, foi um grande avanço. O alfabeto se espalhou pelo mundo, pois os fenícios eram conquistadores natos e utilizavam do seu alfabeto para fechar negócios, dessa forma, ao longo do tempo, o alfabeto foi se espalhando e se adaptando de região em região, criando o alfabeto que utilizamos hoje. Tanto os fenícios quanto os gregos, dominavam o comércio marítimo, o que criava certos conflitos quanto à distribuição do espaço geográfico entre eles.

  Além de serem conhecidos por terem sido grandes piratas, os fenícios foram mais além e conquistaram diversos territórios, destacando a colonização do sul da península Itálica, parte da Sicília, litoral sul da península Ibérica e norte da África, onde fundam Cartago em 814 a.C.

O que é interessante saber sobre os Hebreus

Com o objetivo de ampliar o conhecimento de todos. Iremos colocar aqui, um pouco sobre a história dos Hebreus.  Não querendo tornar uma leitura cansativa, tentamos selecionar as principais informações e o que mais é pedido no vestibular. Esperamos que todos leiam o texto e depois tentem responder as questões por meio deste. E se ficarem mais interessados sobre o assunto, indicamos que nos comuniquem para que possamos nos aprofundarmos ainda mais na vida de um povo que são conhecidos como israelitas ou judeus.

    Os Hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades, organizados em clãs ou tribos, chefiados por um patriarca. O primeiro patriarca Hebreu foi Abraão, segundo o Antigo testamento. Ele era Mesopotâmico e originários de Ur.  De acordo com as escrituras sagradas, Abraão recebeu um sinal de Deus para abandonar o politeísmo e conduzir os hebreus de Ur, rumo á Palestina. Chegaram por volta de 2000 a.C, viveram na Palestina por quase três séculos. Durante esse tempo, Abraão fundou uma cultura religiosa monoteísta (crença cujos seguidores crêem em um só Deus).

   Fugiram da Palestina por causa da fome e reinstalaram no Egito onde foram escravizados. Saíra do Egito e reconquistaram a região da Palestina liderados por Moisés e Josué. Atingiram o maior desenvolvimento quando instalaram a monarquia, que teve apenas três reis: Saul, Davi e Salomão. Depois dividiram-se em dois reinos, acabaram enfraquecendo e foram conquistados pelos Assírios que habitavam a Mesopotâmia, sendo escravos novamente. Quando os pesas conquistaram a Mesopotâmia, foram libertos, mas logo em seguida conquistados pelos romanos, que os dispersaram por todo o mundo, até que o estado de Israel fosse criado por medidas das Nações Unidas.

    A Bíblia é a referência para entendermos a história deste povo, principalmente no Antigo testamento. O diferencial do povo é a sua religião (monoteísta) daquela época, com a crença no Deus Jeová que levou á construção de um grandioso templo na cidade de Jerusalém.

   Vestígios da sociedade hebraica continuam sendo encontrados. Eles contribuem para lançar novas luzes sobre a história dos hebreus.

   A Palestina localizava-se em uma estreita faixa a sudoeste do atual Líbano. O rio Jordão divide a região em duas partes: a leste a Transjordânia; e a oeste, a Cisjordânia. Essa região é atualmente ocupada pelo estado de Israel.

   Até hoje a região é bastaste árida. O principal rio é o Jordão, e assim mesmo não era suficiente para grandes obras de irrigação. Um solo pouco fértil e um clima bastante seco impediam que a região fosse rica. No entanto, tinha bastante importância, pois era passagem e ligação entre a Mesopotâmia e a Ásia Menor.  

Questões vestibulares.

1.Os hebreus não desenvolveram um império, mas deixaram uma importante herança:

a) o monoteísmo 

b) o patriarquismo 

c) a monarquia

d) a arquitetura

e) suas artes e cultura

2. Assinale a alternativa que se refere ao primeiro patriarca dos hebreus:

a) Moisés

b) Sansão

c) Judá

d) Saul

e) Abraão 

3. A vida dos hebreus em relação ao socioeconômico pode ser dividida em duas partes, a fase nômade e a fase:

a) religiosa

b) da literatura

c) islâmica

d) das batalhas

e) sedentária

4. Os hebreus desenvolveram sua civilização no primeiro milênio antes de Cristo. A respeito dela podemos afirmar, corretamente que:

a) a importância da história da civilização hebraica se expressa, especialmente, através da formação de um Estado centralizado.

b) a civilização hebraica apresenta traços específicos que decorrem do seu distanciamento frente às demais culturas do Oriente Próximo.

c) a importância do estudo dos hebreus se justifica pelo monoteísmo ético que surge e se desenvolve entre eles, constituindo-se um ponto de partida para o cristianismo e o islamismo.

d) os antigos hebreus têm como livro sagrado o Novo Testamento, que compreende vários outros livros, dentre os quais está o Gênesis, que trata da Criação.

e) a antecedência da civilização hebraica à sumeriana explica a presença de mitos semelhantes nas duas culturas.

1.a – 2.e – 3.e- 4.c